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MPN na Gazeta das Caldas


Movimentos Independentes vão reivindicar os mesmos direitos dos partidos políticos

Publicado a 8 de Abril de 2011 . Na categoria: Destaque Painel Política . Seja o primeiro a comentar este artigo.
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Esteve reunida no Inatel, na Foz do Arelho, a 2 de Abril, a Comissão Instaladora da Associação Nacional dos Movimentos Autarcas Independentes (AMAI). Participaram no encontro 25 pessoas de norte a sul do país que vão candidatar-se a votos nas próximas eleições autárquicas em 2013.
Por agora, os movimentos prepararam a constituição formal da associação e vão reivindicar na Assembleia da República os mesmos direitos de que gozam os partidos políticos.
Na reunião na Foz do Arelho participaram 25 elementos de vários movimentos
Os movimentos cívicos estão a preparar a Assembleia Geral que ultimará a constituição formal da Associação Nacional dos Movimentos Autarcas Independentes (AMAI). Esta decorrerá em Tomar, no próximo dia 7 de Maio, e a reunião na Foz do Arelho, no passado sábado, serviu para ultimar pormenores.
“Neste momento a cidadania está na moda”, disse Teresa Serrenho, que encabeça o Movimento Viver o Concelho das Caldas e que acha que há um grande desenvolvimento desta área “por contraste com o enorme desgaste que sofrem neste momento os partidos políticos”.
A responsável, candidata à Junta de Freguesia de N. Sra. do Pópulo, que elegeu três elementos, conta que neste momento os responsáveis pelos movimentos se preparam para reivindicar na Assembleia da República “os mesmos direitos que gozam os partidos políticos, tal como está expresso na Constituição Portuguesa”. Referem-se ao uso do símbolo nos boletins de voto e à isenção de IVA. Segundo aquela responsável, não querem, no entanto, ser partidos pois “queremos ser outra coisa para continuar a ver a politica com independência e autonomia dos cidadãos”.
Além da preparação da agenda para a reunião em Tomar, os 25 elementos dos diferentes grupos debateram também a situação política do país e analisaram os novos elementos que se querem constituir para concorrer às próximas autárquicas. “Damos apoio logístico e normativo a quem se quer organizar em movimento para concorrer”, rematou Teresa Serrenho.
“Para os partidos políticos nós somos outsiders”
Pedro Marques, representante do Movimento de Independentes de Tomar, considera que é necessário unir esforços já que cada movimento tem força na sua localidade, “mas é preciso uma voz para reivindicar os direitos comuns a todos”, disse. Os movimentos “têm mais de 300 eleitos, apesar de terem concorrido a menos de um quinto das autarquias do país”.
Segundo este ex-autarca – que foi presidente da Câmara de Tomar como independente do PS entre 1990 e 1997 – estas organizações reivindicam para as suas populações a defesa do ambiente e mais qualidade de vida.
Pedro Marques diz ainda que “devemos concorrer nas mesmas condições que são dadas aos partidos e que estão consignadas na Constituição”.
De qualquer modo acha que para os partidos políticos “somos outsiders, mas creio que chegou a altura de olharem para nós como uma realidade social”. Basta ter em conta o que aconteceu nas últimas eleições presidenciais, disse.
Maria Júlia Figueiredo, do Movimento Independente  do concelho de Rio Maior, foi eleita para a Assembleia Municipal da sua cidade. Está a gostar da experiência, até porque “estou numa posição que não tem nada a ver a com representatividade politica pensamos por nos próprios sem a estrutura partidária”.
A deputada municipal  considera que a constituição da associação dos movimentos independentes vem preencher um vazio em especial porque as organizações que começam agora com o objectivo de se candidatarem às próximas  autárquicas “têm aqui o apoio necessário para a sua constituição”.
Por seu lado, Agostinho Silva do Movimento Autárquico de renovação de Mira considera remota a possibilidade de, no futuro, os movimentos independentes se candidatarem à Assembleia da República pois considera que, para já, a actuação é sobretudo ao nível local.
Agostinho Silva fez parte da autarquia de Mira, durante três mandatos, como independente pelo PS e agora prefere outra maneira de estar na vida, isto é, “não condicionada à maquina partidária”. Na sua opinião a constituição dos movimentos de cidadãos “estão a fazer com que os partidos comecem a repensar as suas estratégias”.
João Martim, representante do Movimento pelo Nadadouro, veio pela primeira vez participar nesta reunião da associação. A sua organização elegeu três membros para a Assembleia de Freguesia do Nadadouro, explicando que  “foi a maior vitória da oposição de sempre naquela freguesia”. Este advogado, de 27 anos, está satisfeito com a união de esforços que pode significar a constituição da associação.
O autor menciona que o seu movimento cívico se bate por alguns projectos importantes para a sua localidades, como a abertura de um posto de saúde e de uma farmácia. Pretendem também levar junto das instituições europeias a questão da Lagoa. “Achamos que o problema está no Nadadouro e é aí que deve ser feita a dragagem e só depois a intervenção na Foz”.

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